Há três anos atrás Steven Holl Architects, em parceria com BNIM Architects, ganhou o concurso para desenvolver o novo departamento para o Campus de Arte da Universidade de Iowa. O edifício encontra-se atualmente em fase de construção. O novo Edifício de Artes Visuais substituirá o prédio de artes original construído em 1936, severamente prejudicado durante a enchente de 2008. O novo projeto será diretamente adjacente e a noroeste do Edifício de Artes Oeste - projeto premiado de Steven Holl.
Continue lendo para saber mais sobre o desenho do novo edifício.
Para gerar equilíbrio entre o Edifício de Artes Oeste existente, detentor de uma superfície porosa no sentido horizontal e de composição planar, o novo Edifício de Artes Visuais foi desenhado com a intenção de manter uma superfície porosa na vertical, além de ser composto de volumetrias marcantes. A seguir, alguns elementos do projeto.
Do arquiteto:
1. Interconexão: Programas Horizontais, Porosidade Vertical
Em uma escola de artes atual, interconexões e passagens são de importância fundamental. As técnicas digitais existentes expandiram o contato entre todas as artes. Interconexões entre todos os departamentos são facilitadas através do recorte vertical proveniente de extensos andares abertos. Estudantes conseguem ver as atividades desenvolvidas no prédio através desses recortes, assim são encorajados a se encontrar e interagir. Uma conexão maior é concedida através das divisórias de vidro ao longo das paredes do estúdio, adjacentes a circulação interna.
2. Múltiplos Pólos de Luz
Luz e ventilação natural são inseridas nas placas do piso inferior através dos “múltiplos centros de luz”. Diversos recortes verticais encorajam a interação entre os níveis. Esses espaços de vidro são caracterizados por uma linguagem de camadas deslocadas, onde uma placa de piso desliza sobre a outra. Essa geometria cria diversas varandas, possibilitando encontros ao ar livre e espaços de trabalho não oficiais do lado de fora.
3. Escadas como Condensadores Sociais Verticais: Corredores como Pontos de Encontro Horizontais
Escadas são conformadas de forma a encorajar o encontro, interação e discussão. Algumas delas terminam em generosos patamares com mesas e cadeiras, outras se abrem em direção a salões com sofás.
4. Definição/Porosidade do Espaço do Campus
A extensão original do campus termina ao se deparar com o rio, adquirindo características orgânicas ao atingir o calcário. O Edifício de Artes Oeste reflete essa geometria irregular indistinta nas bordas. O novo edifício resgata a extensão do campus em seu plano simples, definindo seu novo espaço como um “prado das artes”.
5. Materiais de Ressonância, Inovação Ecologica
Ventilação natural é alcançada através de janelas operáveis. Uma grelha de concreto fornece massa térmica no exterior enquanto lajes “bolha” proporcionam resfriamento e aquecimento por irradiação. A pele Rheinzink, de tonalidade verde-azul desgastada, é perfurada de forma a gerar coberturas que protegem dos raios de sol vindos de sudoeste e sudeste.
Referência: ArchDaily
Arquitetos
Arquitetos Responsáveis
Steven Holl, Chris McVoy, Rychiee EspinosaEquipe
Garrick Ambrose, Bell Ying Yi Cai, Christiane Deptolla, JongSeo Lee, Johanna Muszbek, Garrett Ricciardi, Filipe Taboada, Jeanne Wellinger, Human Tieliu Wu, Christina YessiosArquitetos Associados
BNIM ArchitectsEngenharia
Buro Happold, Structural Engineering AssociatesIluminação
L'Observatoire InternationalSustentabilidade
TranssolarMecânica
Design EngineersConsultoria de Fachada
WJ Higgins & Co.Engenharia Civil
Shive-HatteryConsultoria Audio/Visual
The Sextant Group, Inc.Área
11705 m²Ano
2013Fotografia